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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Quem paga a conta? Aumento de carros roubados e furtados


Segundo a Federação Nacional de Seguros, nos últimos três anos, mais de 1,3 milhão de veículos foram roubados ou furtados no Brasil. É mais do que a soma de toda a frota de Porto Alegre, Florianópolis e Vitória. Infelizmente, quem vai pagar esse prejuízo somos nós, segurados, pois nossa apólice está com a taxa mais alta a cada ano que passa. A taxa para Porto Alegre, capital do nosso estado, preocupa os gaúchos, está altíssima e não há o que fazer, pois nenhuma seguradora resistirá financeiramente se não for compartilhado esse prejuízo.

Muito interessante o artigo abaixo do jornalista  Angelo Pavini ( jornalista formado pela Pontifícia Universidade de São Paulo (PUC-SP), com 22 anos de experiência na cobertura do mercado financeiro e de assuntos ligados a finanças pessoais).

"A malandragem não deu folga nem no fim de ano e o roubo de carros disparou, elevando o custo das seguradoras, que devem repassar o aumento para os consumidores. O custo do seguro de carros deve subir entre 10% e 20% na média ou até mais no caso de alguns modelos preferidos pelos ladrões ou de determinadas regiões do país onde os roubos são mais frequentes.
A avaliação é de Luiz Alberto Pomarole, vice-presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg). Segundo ele, o setor está registrando, desde outubro, um aumento expressivo nos roubos de carros no Brasil inteiro, mais especialmente em São Paulo, e que não arrefeceu nem em dezembro, época em que os ladrões costumam agir menos. “Não sabemos por que o  roubo cai, mas parece que os ladrões também tiram férias em dezembro”, diz.Roubo cresceu até 30%
Segundo ele, o aumento de roubos continuou também em janeiro, e algumas seguradoras têm aplicado correções nos prêmios cobrados dos segurados por conta disso. “O roubo de carros está rolando solto”, afirma Pomarole.
O executivo diz que os índices de roubos variam bastante de cidade para cidade, mas em geral o crescimento estaria variando entre 10% e 30%. “Há carros e regiões que sofrem mais, por exemplo, as picapes modelo diesel e os carros populares que não saem de fábrica com sistemas antifurto, como bloqueadores e localizadores”, explica.
Peças também subiram mais:
Além da ação dos assaltantes, o preço do seguro dos carros vai ser pressionado este ano pelo custo das peças e da mão de obra para consertos, diz o vice-presidente da FenSeg. “O custo de conserto em caso de colisão vem subindo bem acima da inflação, na média entre 10% e 15% em todo o país, e isso também vai pesar no seguro”, afirma, lembrando que o IPCA do ano passado ficou perto de 6%. “Em geral, o aumento do seguro de carros vai ser por conta dos roubos e do custo de peças e oficinas”, explica.
Lei dos desmanches:
Para Pomarole, o movimento de roubos é atípico, especialmente em São Paulo, a ponto de as seguradoras estarem se reunindo com a Secretaria de Segurança para tentar buscar uma solução. Uma das alternativas foi a criação de uma lei no começo deste ano que regulamenta a atividade dos desmanches em São Paulo. “O governo acredita que o aumento de roubos no Estado está ligado aos desmanches, uma vez que o valor do carro desmontado e vendido em peças é maior do que o que o ladrão conseguiria se vendesse ele inteiro”, afirma Pomarole.
E o ganho na venda dos carros desmanchados cresce ainda mais pelo aumento do preço das peças acima da inflação.
As seguradoras apoiam a nova lei, que define que as peças terão de apresentar a origem, para evitar o uso de peças roubadas. Os desmanches também terão de atender diversas exigências, inclusive ambientais, para funcionar, o que deve reduzir o número de empreendimentos ilegais. “Há um prazo de seis meses para eles se adaptarem e tem muita coisa para fazer”, observa Pomarole.
Protestos reduzem policiamento:
O executivo diz que o setor tenta encontrar explicações para o aumento dos roubos. Analistas avaliam que os ladrões estariam antecipando suas ações porque sabem que, a partir de julho, com a Copa do Mundo e o aumento do policiamento nas ruas para proteger os turistas, ficará mais difícil agir.Outro fator seria o grande número de manifestações e protestos, muitos com violência e queima de ônibus, e que estariam concentrando a atenção da polícia. Assim, parte do efetivo estaria se concentrando nessas regiões e outras estariam ficando sem policiamento, facilitando a atuação das quadrilhas de roubo de carros. “Os protestos acabam causando efeitos colaterais, pois a polícia reforça uma área e acaba desguarnecendo as outras”, afirma.
Melhora a partir de maio:
A expectativa, porém, é que a situação melhore, não só por conta da Copa, que jogará o país no centro das atenções do mundo todo, como pelas eleições no fim de ano. “Esperamos que a partir de maio a coisa melhore, com redução dos roubos, mas enquanto isso, as seguradoras se preparam aumentando o preço do seguro”, explica."
Veja mais :
 Fonte:http://www.arenadopavini.com.br/
Fonte:http://globotv.globo.com/






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